Qual a diferença entre tradutor e intérprete?

um tradutor e uma intérprete lado a lado

Qual a diferença entre tradutor e intérprete?

Muitas vezes ouvimos as palavras “tradutor” e “intérprete” sendo usadas como sinônimos, mas na realidade elas significam coisas bem diferentes. É verdade que há semelhança entre um e outro, já que ambos são especialistas na conversão de um idioma-fonte em um idioma-alvo. Mas a grande diferença é que tradutores trabalham com a língua escrita enquanto intérpretes trabalham com a língua falada, o que por si só já aponta para dois universos completamente distintos.

O intérprete atua no mundo da comunicação oral, em conferências internacionais, congressos, seminários, treinamentos, reuniões de negócios — onde quer que haja gente trocando informações em idiomas diferentes. A interpretação pode ser consecutiva ou simultânea.

A tradução consecutiva é aquela em que orador fala por alguns momentos e se interrompe para dar lugar ao intérprete que, ao seu lado, transmite o conteúdo na língua dos ouvintes. É a que geralmente vemos em encontros presidenciais ou visitas e acompanhamentos. Já na tradução simultânea, o conteúdo é transmitido simultaneamente aos participantes através de fones de ouvido, à medida que o orador fala, por intérpretes instalados em cabines à prova de som.

O tradutor, por sua vez, trabalha sozinho na frente do seu computador, em ambiente silencioso, traduzindo um conteúdo escrito, o qual pode ser literário ou técnico.

A tradução literária é bem conhecida de todos e é graças a ela que nos é possível ter acesso a obras da literatura mundial mesmo sem dominar o inglês, o francês, o alemão, o árabe ou o russo. A tradução literária é considerada uma arte e há quem diga que é preciso, no mínimo, uma alma de escritor e poeta para traduzir literatura.

A tradução técnica exige precisão e conhecimento do assunto tratado. É tudo o que não seja ficção — relatórios, contratos, balanços, normas, patentes, documentos, textos de engenharia, manuais, websites, artigos médicos etc

Com atuações e ambientes tão diversos, podemos bem imaginar quais os desafios de cada uma dessas profissões e que tipo de competências exigem.

Na interpretação simultânea, são várias operações mentais concomitantes — o intérprete ouve, processa, traduz, e fala ininterruptamente, num contínuo. Não há tempo para hesitação – o cérebro vai selecionando a melhor conversão do conteúdo em átimos de segundos. E devido ao alto grau de concentração exigido e à fadiga mental, os intérpretes trabalham em dupla, alternando-se.  Já o tradutor tem a quietude e a tranquilidade para tomar as melhores decisões, e por isso, inclusive, o nível de exigência em termos de estilo, por exemplo, é bem mais elevado.

A Central dos Intérpretes reúne intérpretes e tradutores profissionais com algo mais em comum: o compromisso absoluto com uma tradução fiel dos conteúdos, graças ao perfeito domínio de suas línguas de trabalho, uma formação superior de qualidade, sólida experiência em diferentes áreas de atuação e um profundo conhecimento das culturas envolvidas. Fale conosco.

Por Lucia de A. Melim

Tradutora & Intérprete Consultora

Central dos Intérpretes